sexta-feira, 20 de março de 2015

Entenda porque uma economia que não cresce prejudica sua vida


Uma critica ao artigo de Boff

Leonardo Boff, considerado um dos pais da teologia da libertação, escreveu um artigo em defesa do "pibinho", tentando provar que um país sem crescimento econômico não prejudica os mais pobres da sociedade. Ele critica o capitalismo americano, dizendo que não há espaço para democracia em tal sistema econômico. Discordo de Boff, e escrevi uma resposta ao artigo dele. Confira!
"Desde 1960, o comparecimento dos eleitores nos USA diminuiu de 64% (1960) para pouco mais de 50% (1996), embora tenha aumentado ultimamente. Tal fato deixa perceceber que é uma democracia mais formal que real."

No Brasil as pessoas brigam pelo direito de não serem obrigadas a votar, dizem que em país democrático ninguém é obrigado a fazer algo que não queira fazer. Nos EUA o voto não é obrigatório. Utilizar um dado desses para dizer que a democracia é formal é ledo engano. A abstenção dos eleitores das urnas comprova que os eleitores se sentam livres, não vêem riscos em jogo, sua liberdade estará assegurada e ele não precisa saber quem vencerá. O poder do presidente não põe a riqueza pública à sua disposição, ele não poderá taxar o povo, nem indicar juízes, nem controlará um banco central que inflacione a oferta monetária.

"democracia e capitalismo não convivem."
Qual seria a opção econômica? O comunismo "democrático" de Mao Tsé Tung? A democracia de Stalin? O socialismo de democracia de Hitler? O Comunismo de grande liberdade de Fidel Castro, onde os cubanos fogem da "liberdade comunista" para irem para a "ditadura" americana? Todos sabemos que os EUA, o país representante do capitalismo mundial, é também o país representante da democracia.

 "Piketty vê nos USA e na Gran Bretanha, onde o capitalismo é triunfante, os países mais desiguais" 
Infelizmente, distribuição de renda pode não servir pra nada, um povo pode ter igualdade mas serem todos iguais na pobreza. Da mesma forma, outro povo pode, apesar da desigualdade, garantir um nível de vida satisfatório para os mais pobres. A Etiópia é um dos países mais igualitários do mundo. Mais igualitária do que a média dos países da União Europeia. Paquistão também está entre os mais igualitários. Mas onde existe mais pobreza?

"Nos USA executivos ganham 331 vezes mais que um trabalhador médio."
Pergunta para o trabalhador médio americano se ele quer a igualdade da Etiópia.

 Citando Piketty, Boff escreve: “O objetivo da economia não é o ganho mas sim o bem-estar de toda a população; o crescimento econômico não é um fim em si mesmo, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas”.
Nesta observação Boff acertou. É interessante ver um comunista falando de bem-estar. Ele podia dar exemplo de bem-estar em país comunista, né? O sistema que tem a melhor maneira de gerar bem-estar para a população é o capitalismo. Alguns terão mais, outros menos, mas os que tiverem menos terão situações melhores do que os iguais dos países comunistas.

"E como um gran finale a frase de Robert F. Kennedy:”o PIB inclui tudo; exceto o que faz a vida valer a pena.”
O artigo de Boff, ao final, apresenta-se extremamente partidário, defensor do PT,  e justificador da incompetência dos economistas petistas. Interessante que este discurso não foi usado de 2005 à 2011, quando o PT ainda não tinha conseguido ferrar tanto o nosso PIB. Certamente o PIB é de extrema importância, pois não se pode dividir o que não se produz, onde não há produção não pode haver justa distribuição.

Concluindo o assunto, podemos perceber nitidamente que o problema principal do mundo não é a desigualdade, mas sim a falta de dignidade para os mais pobres. É fundamental que os mais pobres tenham acesso a uma vida digna, e para melhorar a vida das pessoas é necessário que o país cresça e se desenvolva de maneira que 0 desenvolvimento alcance a todos.

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